Oratio |
A Igreja continua a oração de Cristo Posted: 23 Dec 2011 07:27 AM PST Extraído da Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas. 6-7 Tudo o que o ser humano tem, deve a Deus, e por isso precisa reconhecer e confessar essa dependência diante do seu Criador. Assim homens piedosos de todos os tempos o fizeram por meio da oração. Mas, por ser dirigida a Deus, a oração deve necessariamente ser vinculada a Cristo, Senhor de todos e único Mediador. Unicamente por Ele temos acesso a Deus. De tal maneira ele incorpora a si toda a comunidade humana, que existe íntima relação entre a oração de Cristo e a oração de todo gênero humano. Em Cristo, e só nele, é que a religião humana alcança valor salvífico e sua finalidade. Especial e estreitíssima relação existe entre Cristo e aquelas pessoas que ele assume como membros do seu Corpo, que é a Igreja, através do sacramento da regeneração. Com efeito, da Cabeça se difundem por todo o Corpo as riquezas do Filho: a comunhão no Espírito, a verdade, a vida e a participação em sua filiação divina, que se manifestava em toda a sua oração enquanto ele vivia neste mundo. O corpo todo da Igreja participa também do sacerdócio de Cristo, de sorte que os batizados, pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados como casa espiritual e sacerdócio santo, e se tornam aptos para exercer o culto da Nova Aliança, culto que não provém de nossas forças, mas dos méritos e dom de Cristo. "Deus não podia outorgar à humanidade dom maior que o de lhe dar por cabeça os seu Verbo, pelo qual criou todas as coisas, e de a incorporar ao Verbo como membro, de modo que ele fosse ao mesmo tempo Filho de Deus e Filho do homem, um só Deus com o Pai e um só homem com os seres humanos. Assim, quando na oração falamos a Deus, não separemos dele o Filho. Quando o Corpo do Filho está orando, não separe de si sua cabeça. O mesmo e único Salvador do seu Corpo, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, ore também por nós, ore em nós, e nós oremos a ele. Ele reza por nós como nosso Sacerdote, reza em nós como nossa Cabeça, e nós rezamos a ele como nosso Deus. Reconheçamos, pois, nele a nossa voz, e sua voz em nós". (Santo Agostinho, Enarrat in psalm. 85,1: CCL 39.1176) Portanto, a dignidade da oração cristã tem sua raiz na participação da mesma piedade do Unigênito para com o Pai e daquela oração que lhe dirigiu durante a sua vida terrena que agora continua, sem interrupção, em toda a Igreja e em cada um de seus membros, em nome e pela salvação de todo o gênero humano. |
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3. Mas temo que, como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim se corrompam os vossos pensamentos e se apartem da sinceridade para com Cristo. 4. Porque quando aparece alguém pregando-vos outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado, ou se trata de receber outro espírito, diferente do que haveis recebido, ou outro evangelho, diverso do que haveis abraçado, de boa mente o aceitais. 5. Mas penso que em nada tenho sido inferior a esses eminentes apóstolos! (2Cor 11,3-5)