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sábado, outubro 01, 2011

Conversão de Irmã Themis



Pastor, você tem razão em apenas uma coisa: Maria é realmente para ser colocada em destaque. Mas em uma hora diz uma coisa, em outra hora diz outra. E ainda diz uma coisa e vive outra oposta.

Você diz que Maria “jamais concordaria em ter seu retrato em uma Igreja”. Mas você concorda em ter o seu em sua carteira de identidade e em sua carteira de motorista.

Muitos crentes colocam imagens de seus casamentos em porta-retratos. Penduram quadros com a Bíblia aberta nas paredes de suas casas. Mas condenam somente, apenas e tão somente, os símbolos católicos como “idolatria desgraçada”. Evidentemente, estão chamando não apenas os santos Apóstolos, os santos da Igreja, mas também a própria pessoa de Maria, sem ter sequer o cuidado de poupar o próprio Jesus Cristo, de “desgraçados” Sabe por que? Porque se alguém chamar a bandeira de um país de “pano desgraçado” é com a firme e indubitável intenção de atingir o país que a bandeira representa.

Pastor – que, aliás, não me apascenta, e muito menos o Rebanho de Cristo, mas o seu próprio – creio que ou a sua bíblia forjada em editoras que se julgam acima de Deus está errada, adaptada à “doutrina” que professam, ou o senhor foi completamente analfabetizado teologicamente. A passagem das bodas de Caná nos dá a clara revelação de que foi Maria que intercedeu a Jesus pelos convidados. Foi ela que disse: “Fazei tudo o que ele vos disser” quando ele mesmo tinha acabado de dizer: “Minha hora ainda não chegou”. E não é que esse foi o primeiro milagre de Jesus? Preste atenção, porque até mesmo o senhor vai acabar reparando neste detalhe.

Os santos intercedem por nós, sim, senhor. Está no 2º. Livro de Macabeus, capítulo 15. Mas nós não temos culpa pelo fato de as Escrituras terem sido adulteradas pela cabeça de um só – Lutero. Ele tirou esse livro da bíblia dele, e agora vocês nem sabem de onde tiram a idéia de que não há comunhão dos santos. Já esqueceram que nós, que estamos vivos na Terra, somos beneficiários do amor de Deus tanto quanto os que estão junto a Ele, pois foi o próprio Cristo que disse que D4eus não é Deus de mortos, pois todos vivem para Ele.

O senhor usa muito a expressão “a bíblia diz”. Mas quem diz é o senhor mesmo. E a mesma Bíblia diz que Deus mesmo mandou fazer imagens. Ele mandou fazer esculturas de querubins sobre a Arca da Aliança. Mandou fazer imagens no Templo de Salomão. E ainda alertou para que tudo se fizesse de acordo com o modelo que foi dado a Moisés no monte. Mas isso o senhor não lê nem aqui e nem na China.

O Cristo que nós adoramos, pastor, não é modelo do “Fashion Week”. É o Cristo que nós retratamos, a título de testemunho, como tendo sido açoitado, humilhado, cuspido, torturado e morto inocentemente na cruz. É o Cristo que, por essa morte cruenta, nos libertou de todo o pecado, porque “o salário do pecado é a morte”. Salário é o mesmo que “pagamento em retribuição”. Ele morreu no meu lugar, porque eu sou pecador e merecia a morte – mas Ele pagou o preço, coisa que parece que o senhor quer apagar do mapa.

Pense mais, pastor. Veja com seus olhos não apenas o Testemunho de Jesus para a nossa salvação, mas uma série de testemunhos que vêm corroborar as Escrituras, onde é dito:

“11.       Desejamos, apenas, que ponhais todo o empenho em guardar intata a vossa esperança até o fim,       
12.         e que, longe de vos tornardes negligentes, sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornam herdeiros das promessas” (Hb 6,11-12).

São esses modelos de santidade que devem ser imitados, pastor. E não os que querem fazer das Escrituras um “Código Penal”. O senhor cobra o cumprimento de uma Lei que o senhor mesmo não cumpre:

“10.       Pois quem guardar os preceitos da lei, mas faltar em um só ponto, tornar-se-á culpado de toda ela.            
11.         Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, disse também: Não matarás (Ex 20,13s). Se, pois, matares, embora não tenhas cometido adultério, tornas-te transgressor da lei”. (Tg 2,10-11).

Estamos no mesmo barco. Todos somos pecadores porque somos transgressores da Lei, e o pecado é a transgressão da Lei. Ao nos acusar de idolatria, o senhor transgride Ex 20,16. O senhor não tem nenhuma autoridade para falar da fé alheia. E se formos analisar, nem mesmo da sua.





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